O último dia 12 de dezembro foi bastante movimentado para o mercado florestal nacional, com o anúncio de duas transações envolvendo a Suzano, maior produtor nacional de celulose e papel. Embora as transações não sejam novidades para a área de inteligência de mercado do Grupo Index, têm significado muito importante para o setor.
A primeira delas trata-se da aquisição de aproximadamente 100 mil hectares de terras em Mato Grosso do Sul, além da Licença de Instalação para implantação de uma fábrica de celulose na região de Ribas do Rio Pardo, com capacidade de produção de 2,2 milhões de toneladas por ano. Embora a empresa, por sua própria situação financeira atual, não pretenda construir tal fábrica imediatamente, na visão do Grupo Index a aquisição representa um passo estratégico de grande importância uma vez que dá um recado bem claro ao mercado (e aos concorrentes) sobre os passos futuros da empresa.
A segunda notícia é a venda, também pela Suzano, de um ativo florestal de 14 mil hectares localizado na região sul do estado de São Paulo para a Klabin, em uma transação de 400 milhões de reais. A transação tem por objetivo assegurar o abastecimento de madeira de terceiros para o primeiro ciclo do Projeto Puma II. Segundo o Grupo Index, a aquisição é um passo estratégico importante para a Klabin, que está fortemente no mercado atrás de supply. Por outro lado, para a Suzano a venda é interessante pois tal ativo está localizado a uma distância média de aproximadamente 350 km das fábricas da empresa em Suzano, Limeira e Jacareí, tornando o custo da madeira muito alto para a empresa.