Abastecimento de madeira será um dos desafios do projeto, na análise do Diretor do Grupo Index
Poucos dias após a Ocepar ter divulgado que as cooperativas paranaenses ampliaram seu faturamento em 32,1% no último ano, o cooperativismo paranaense demonstra novamente a sua força pela anunciação da construção de uma nova maltaria, na região dos Campos Gerais.
O projeto, que prevê investimento de 1,5 bilhões de reais, vai produzir 15% do volume de malte atualmente consumido pelo mercado nacional e gerar mais de mil empregos diretos e indiretos. O empreendimento tem previsão de inauguração em 2023.
A nova maltaria será construída em intercooperação pelas Cooperativas Agrária (Guarapuava), Bom Jesus (Lapa), Capal (Arapoti), Castrolanda (Castro), Coopagrícola (Ponta Grossa) e Frísia (Carambeí). A Cooperativa Agrária, de Guarapuava, é a líder do empreendimento, com a maior parte do investimento e a responsabilidade pela gestão. A localização da nova maltaria ainda não está definida, mas será em uma área entre as cidades de Ponta Grossa e Carambeí.
Na análise do diretor do Grupo Index, Marcelo Schmid, um dos pontos de atenção do projeto será justamente o suprimento de matéria-prima florestal, necessária para o abastecimento das caldeiras da maltaria: “A maltaria será construída em uma região de intensa atividade florestal, onde existem mais de 295 mil hectares de plantio, entre pinus e eucalipto. Porém, a demanda por essa madeira está cada vez mais aquecida, de modo que este definitivamente será um dos grandes desafios do projeto”.
O Grupo Index tem atuado intensamente no desenvolvimento de planos de suprimento de matéria-prima florestal, tanto para indústrias de base florestal, como para outros tipos de consumidores de matéria-prima florestal, como cooperativas ou empresas do agronegócio, que utilizam toras ou cavaco de madeira para a geração de calor.