Aproveitando o momento bastante favorável do mercado de papéis de embalagem, a Klabin colocou em operação nesta semana a primeira máquina de papel do projeto Puma II. O start-up marca a conclusão da etapa inicial do ousado projeto de expansão da empresa, que prevê ainda uma segunda máquina a ser inaugurada em 2023, totalizando um investimento de cerca de 13 bilhões de reais.
A nova máquina tem capacidade para a produção de 450 mil toneladas por ano de papel para embalagem Eukaliner, o primeiro papel kraft do mundo produzido exclusivamente a partir de celulose de eucalipto.
Na opinião do diretor do Grupo Index, Marcelo Schmid, o início de operação na nova máquina de papel é um marco significativo, não somente para a Klabin, mas também para para o setor florestal e para o próprio país: “muito embora o Brasil se destaque globalmente pela exportação de commodities, perdemos o potencial de agregação de valor de nossa produção primária pela falta de um campo industrial plenamente desenvolvido. Ao invés de sermos o maior exportador de celulose do mundo, seria preferível a posição de maior exportador de papel e outros produtos derivados”.
Além da tecnologia, o Projeto Puma II se destaca pela sustentabilidade. Ainda em 2021 entrará em operação uma planta de gaseificação da madeira, substituindo combustíveis fósseis por biomassa florestal, consequentemente reduzindo as emissões de gases de efeito estufa da empresa.
O projeto Puma II confirma que o setor florestal brasileiro pode contribuir para reverter o papel histórico secundário que o país possui na economia mundial e nos trazer à liderança de um novo modelo econômico, onde o Brasil poderá ser precursor da economia verde, tecnologia e do desenvolvimento sustentável.
“Não há nada mais adequado aos anseios globais por qualidade ambiental do que aprimorar as cadeias produtivas adotando novas tecnologias e trazendo a indústria para perto da produção primária, reduzindo assim o consumo de combustíveis fósseis ”, completa Schmid.