Uma das principais pragas presentes nos plantios florestais de Pinus spp, é a vespa-da-madeira (Sirex noctilio). Este inseto originário da Europa, Ásia e Norte da África entrou no Brasil em 1988, e desde então causa grandes prejuízos ao setor madeireiro do país. Atualmente está presente em aproximadamente um milhão de hectares de pinus, em diferentes níveis de ataque.
A susceptibilidade ao ataque e presença da Sirex Noctilio está diretamente ligada à condição de estresse da planta, situação relacionada a uma série de fatores como a densidade do plantio, sítio, fertilidade, deficit hídrico, manejo florestal inadequado, incêndios, entre outros.
O dano causado às árvores é relacionado diretamente a oviposição da vespa-da-madeira. Após o período inicial de voo, as fêmeas da espécie perfuram o tronco criando até quatro galerias na árvore, depositando aproximadamente 400 ovos. Durante esse processo, as vespas introduzem uma secreção mucosa que tem efeitos tóxicos sobre o Pinus, além de esporos do fungo simbionte “Amylostereum areolatum“, fonte nutritiva para as larvas da praga que é responsável pela podridão na madeira. A oviposição também deixa a árvore exposta a agentes secundários que podem causar diversos danos por meio das galerias, como a podridão branca, o azulamento, aumento de estresse, entre outros.
Os sintomas de ataque começam a aparecer entre novembro e dezembro, mas são mais visíveis a partir do mês de março, período após a revoada. É possível identificar alguns traços como copas que ficam mais amareladas para depois se tornarem marrom-avermelhadas, enfraquecimento da folhagem, resinas na casca da árvore devido a perfuração, entre outros.
As iniciativas para o controle desta praga no Brasil foram tomadas pela Embrapa Florestas, com estudos bioecológicos desse inseto. Em 1990, em parceria com empresas do setor florestal, trouxe para o Brasil um nematoide (Deladenus siricidicola) para ajudar no controle da vespa. Este micro-organismo ataca as larvas da vespa dentro do tronco das árvores, e as larvas atacadas se transformam em vespas adultas estéreis, que fazem também a postura de ovos contendo centenas de nematoides. Dessa forma, o nematoide se dissemina de árvore em árvore e passa a atacar outras larvas da vespa-da-madeira.
As medidas preventivas para o controle da vespa consistem no manejo adequado da floresta, principalmente a realização de desbastes, eliminação de possíveis focos, secagem da madeira após o corte e também na fiscalização do transporte. Utilizando corretamente as medidas de prevenção e controle existentes, é possível reduzir as perdas em pelo menos 70% e manter a praga sob controle.
No que diz respeito as medidas de detecção e controle, destaca-se a instalação de árvores armadilhas, que são obtidas através do estresse físico provocado intencionalmente nas árvores sadias, ou pela aplicação de um herbicida, tornando-as atrativas ao inseto. Isso facilita a detecção precoce da praga, auxiliando na tomada de medidas rápidas como a liberação de inimigos naturais.
A Index Florestal, empresa do Grupo Index, atua no gerenciamento de ativos florestais com equipe técnica formada por profissionais capacitados para o controle e monitoramento da vespa-da-madeira, desenvolvendo trabalhos com pequenos e grandes produtores de madeira utilizando técnicas adequadas de manejo florestal rigorosamente, que são fundamentais para prevenir danos econômicos provocados pela praga.